COP 21: O Comitê de Paris, a movimentação dos países nas negociaçõs e um alerta vermelho para novos mecanismos de mercado
A segunda semana começou bem agitada e com grande dispersão de atividades por Paris e arredores. No espaço oficial iniciou-se o segmento de Alto Nível, que conta com a participação dos ministros na negociação, inaugurando também o formato proposto pelo Comitê de Paris. Muitas reuniões e consultas estão ocorrendo ao mesmo tempo, sendo que muitas delas não são divulgadas nas telas de informação com os horários e salas. Por isso, alguns países e segmentos da sociedade civil reclamaram sobre a necessidade de mais transparência.
Documento produzido por Maureen Santos/HBS e Letícia Tura/FASE, com colaboração de Marcela Vecchione/GCB, Vania Viana/CUT, Iara Pietricovsky/INESC e Diana Aguiar/FASE, nos dá um panorama do que está acontecendo na COP21, em Paris.
Grupo Carta de Belém assina declaração contra o mercado de carbono
O Grupo Carta de Belém assinou o documento, endossando a posição de 57 instituições que lutam pelos diretos humanos e pelo meio ambiente na Europa, África, Ásia e América do Norte. Nele, está exposto que o mercado de carbono nunca entregará o que precisa para os países do hemisfério sul, seu povo e sua floresta. O mercado de carbono não reduz as emissões, não promove uma distribuição igualitária do dinheiro gerado e nunca reconheceu a importância que as comunidades locais tem na proteção da floresta. Publicada nesta segunda semana da COP 21, o documento é atualização de uma declaração base emitida em 2011.
Documento completo (em inglês).
FASE promove oficina sobre novas masculinidades com agricultores do PAE Lago Grande, no Pará
Evento contou com a participação especial do educador Rud Rafael, programa da FASE em Pernambuco
COP21: Uso da Terra e Agricultura fora das negociações do clima
Leia a posição do Grupo Carta de Belém sobre o “uso da terra”.
É preocupante a forma como o tema vem sendo incorporado às negociações climáticas. O que já foi decidido com respeito às florestas nativas sob o Marco de Varsóvia para REDD+, agora corre o risco de ser incorporado no novo acordo sob um mecanismo
de mercado, visando a transferência de “resultados de mitigação”.
FASE realiza Caracterização de Agroecossistemas no Vale do Jiquiriçá
Assessoria através do projeto de ATER agroecologia
COP 21: Semana decisiva para a negociação do novo acordo climático
Camila Moreno, do Grupo Carta de Belém, relata sobre o andamento da construção do documento final da COP 21, em Paris. “A plenária da COP se reuniu na última sexta (04) e recebeu oficialmente dos chairs da Plataforma de Durban (ADP) o texto com o projeto do acordo que deve ser celebrado em Paris até o final desta semana. O objetivo é ter já na quinta-feira (10/12) um texto que possa ser submetido à consideração. Para agilizar este processo foi constituído o ‘Comitê de Paris’”.
Café Regional: nas ondas da Amazônia nas ondas da Amazônia 23
No mês da independência, o Café Regional falou do Grito das Excluídas, das mobilizações indígenas em defesa da vida e do desmatamento na Amazônia, agravado pelo desmonte de políticas públicas
COP 21: perdas e danos dos países em desenvolvimento no centro do debate
“Os líderes estão no tempo errado”, analisa Iara Pietricovsky, do Grupo Carta de Belém e do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Ainda destaca que a temperatura, segundo as propostas existentes, chegará a mais de 3º centígrados, o que demonstra que o futuro não será dos melhores. “O discurso dominante é de que a COP 21, em Paris, é o começo de tudo, o que me parece no mínimo hipócrita e irresponsável por parte dos governantes. Quem esta vivendo o impacto do clima não pode esperar”, alerta.
Começa a COP 21: os principais desafios que o mundo debate em Paris
O Grupo Carta de Belém está acompanhando de perto as discussões na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21). Camila Moreno aponta que um tema extremamente preocupante é o lobby nuclear. Na França, cerca de 80% da matriz energética é nuclear, um dos índices mais altos do mundo, o que sinaliza – perigosamente – as contradições que podem vir no bojo do “Pacote de Paris” sob os acordos para transferência de tecnologia sendo negociados para salvar o clima. Lembrando que, de acordo com o IPCC, órgão científico que subsidia as negociações da Convenção do Clima, a energia nuclear seria “carbono neutral” (embora não renovável). É difícil imaginar o papel da energia nuclear para a construção de um “clima de paz”.
Tipiti pra ouvir X
Em setembro, o programa Tipiti falou da luta dos povos ribeirinhos em defesa do açaí e contra a gigante Cargil, falou de saneamento básico rural e da tese do marco temporal
Aulão analisa os impactos e as desigualdades do acordo entre Mercosul e União Europeia
Retomada do debate para a aprovação do tratado de livre comércio, expressa a reconfiguração do neoliberalismo, aprofundando as crises econômica, social e ambiental. Em outubro acontece a plenária da Frente Brasileira contra os Acordos Mercosul-UE e Mercosul-EFTA
Pela primeira vez, agricultores do Vale do Jiquiriçá vendem produção para o PAA
Produtores são assessorados pelo programa da FASE na Bahia, em parceria com o ATER Agroecologia
“Da luta não fujo”: Acompanhe os passos da educadora popular Sara Pereira
“Fazer Educação Popular na Amazônia, por mais desafiador que seja, é sobretudo uma grande um grande prazer, uma grande alegria”
Carta de Mulheres da Amazônia publicada no IX CBA
A carta foi escrita por participantes do IX Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), promovido entre os dias 29 de setembro e 1 º de outubro de 2015, em Belém do Pará. “Nós, mulheres agricultoras e extrativistas que pesquisamos e produzimos em nossas roças, palmeiras, açaizais, rios e igarapés, nos juntamos para participar das importantes atividades deste congresso. Assim, reunidas com o objetivo de fortalecer práticas agroecológicas por mulheres de unidades familiares de produção na Amazônia, denunciamos a opressão, debatemos nossas práticas de resistência e aqui apresentamos nossas proposições”, diz o documento.
Mineração ameaça territórios do Baixo Amazonas, indica mapeamento realizado pela FASE no Pará
O estudo foi produzido pelo programa da FASE na Amazônia, em parceria com Greenpeace, Grupo Mãe Terra e outras organizações através do projeto Todos os Olhos na Amazônia
Cartilha da Caravana Agroecológica e Cultural da Bahia
Esta cartilha, editada pela Articulação de Agroecologia da Bahia (AABA), tem como objetivo apresentar a metodologia da Caravana Agroecológica e Cultural da Bahia, sendo resultado do Projeto Intercâmbios Agroecológicos: Valorizando a Convivência com o Semiárido. Ao mesmo tempo, a publicação apresenta um pouco do roteiro da segunda edição do evento, que ocorre entre 20 e 22 de outubro de 2015 nos territórios baianos do Baixo Sul e do Vale do Jiquiriça. A AABA é uma articulação que reúne organizações e movimentos sociais, dentre eles o programa da FASE na Bahia, que fortalecem o campo agroecológico de forma a promover o diálogo e o intercâmbio de experiências alternativas de produção, comercialização, organização comunitária e gestão de recursos naturais.
Revista “Fractura Expuesta – Horizontes Extremos”
Marcelo Calazans e Daniela Meirelles, da FASE no Espírito Santo, e Tamra Gilbertson, da Carbon Trade Watch, escreveram na nova edição da Fractura Expuesta sobre as consequências da busca de petróleo ultraprofundo, o pré-sal, no Brasil. Em um mar de tensões para construir outros horizontes, a publicação do Observatorio Petrolero Sur coloca em discussão a proposta de resistência às petroleiras, frente à próxima Convenção sobre Mudanças Climáticas que se realizará em dezembro em Paris. A revista amplia o olhar em direção à energia extrema, sem deixar de levar em conta projetos de xisto e as iniciativas nacionais e supranacionais para promover seu desenvolvimento na América Latina. Refere-se ao avanço sobre reservatórios pouco estudados, que durante décadas foram deixados de lado por diferentes positivos, ou inclusive pela soma deles: se encontram em grandes profundidades, sua extração requer técnicas experimentais, os custos operativos são mais altos, entre outros. Além disso, o rendimento energético dos barris de petróleo cru provenientes desses reservatórios complexos é cada vez menor, dada à logística e a infraestrutura implantada para sua extração. O conteúdo está em espanhol.
“Produzir e consumir alimentos saudáveis não pode ser um privilégio de cor”, afirma Fran Paula
Educadora do programa da FASE no Mato Grosso fala sobre racismo no campo em entrevista ao portal Mídia Ninja
Revista “Fractura Expuesta – Horizontes Extremos”
Marcelo Calazans y Daniela Meirelles, de FASE Espírito Santo, y Tamra Gilbertson, de Carbon Trade Watch, escribieron en la nueva edición de Fractura Expuesta sobre las consecuencias de la búsqueda de crudos ultraprofundos en Brasil. En un mar de tensiones para construir otros horizontes, la publicación de Observatório Petrolero Sur pone a discusión la propuesta de resistencia a las petroleras, de cara a la próxima Convención del Cambio Climático que se realizará en diciembre en París. La revista amplia la mirada hacia la energía extrema, sin perderle pisada a los proyectos de lutitas y a las iniciativas nacionales y supranacionales para promover su desarrollo en América Latina. Se refiere al avance sobre reservorios poco estudiados, que durante décadas fueron desestimados por diferentes motivos, o incluso por la suma de ellos: se encuentran a grandes profundidades, alojan hidrocarburos de baja calidad, su extracción requiere técnicas experimentales, los costos operativos son mayores, entre otros. Además, el rendimiento energético de los barriles equivalentes de crudo proveniente de estos reservorios complejos es cada vez menor, dada la logística e infraestructura que debe desplegarse para su extracción.
Fundo Dema: fortalecendo os povos da floresta no Pará há 18 anos
Criado em 2003, o Fundo é administrado pela FASE e apoia projetos coletivos dos Povos da Floresta, respeitando à sociobiodiversidade, a garantia dos direitos humanos, econômicos, sociais, culturais e ambientais, a fim de assegurar a soberania alimentar e nutricional e a equidade de gênero.