Manifesto Internacional pelo Yasuní

Em 20 de agosto, quase 60% dos cidadãos equatorianos disseram um sonoro sim em uma consulta popular nacional para manter o petróleo no subsolo do Bloco 43 do Parque Nacional Yasuní. Mais do que um plebiscito, foi uma celebração por um novo horizonte de vida para o Equador e para o mundo no presente e no futuro. Essa decisão é um ato de realismo poético, é simbólico-psicomágico e absolutamente necessária para sustentar a vida no planeta.
A Consulta realizada, 10 anos após o pedido original de realização do plebiscito, alcançou o apoio legalmente exigido, e mostra o triunfo de uma cidadania com capacidade de lutar por seus direitos e bem-estar diante da oposição de governos passados. Essa reafirmação do sim à vida é mais um passo em um processo de justiça restaurativa para toda a Amazônia ferida e com seus povos.
Apesar do tempo que deveria ter decorrido desde a realização do referendo, apesar de uma agressiva e bem financiada campanha de medo contra esta iniciativa, os equatorianos votaram sim à mudança com a firme confiança de que outro mundo é possível. Esta é uma grande lição sobre os significados da democracia, da política e da participação que colocam o cuidado da vida no centro da luta pela superação de múltiplas crises. Ativistas de todo o mundo reconhecem que o Equador é hoje uma referência para forjar uma cidadania que olha para o futuro, de uma forma nova e visionária

A Amazônia não é só floresta

Num tempo em que a emergência climática nos salta à vista, os olhos, ouvidos e atenções do mundo estão voltados para a Amazônia. Presidentes de…

A dor da gente não sai no jornal

Na quarta-feira, 26 de julho de 2023, um jornal impresso, de grande circulação, do estado do Rio de Janeiro, publicou Caderno Especial Saneamento. Na primeira página, destacam que, três anos após a aprovação do marco de saneamento, aumentou o número de pessoas com acesso à água e com o esgoto tratado. A realidade, infelizmente, não é bem assim.

Programa Aquisição de Alimentos: avançar nas conquistas e barrar os retrocessos

O Programa Aquisição de Alimentos (PAA), relançado pelo Presidente Lula no dia 22 de março, em Pernambuco, tem importante significado social, econômico, político e cultural…

Porto Central — a Parte Marginal

O artigo discute os impactos da instalação do Porto Central, complexo industrial portuário com 2 mil hectares, em desenvolvimento em Presidente Kennedy, Sul do do Espírito Santo.

Declaração Acordo UE-Mercosul: Pôr fim às negociações por um acordo de liberalização do comércio obsoleto, neocolonial e assimétrico

Em documento, organizações sul-americanas e da Europa expressam o entendimento de que o formato do acordo exacerbará assimetrias econômicas e socioambientais existentes entre os dois blocos. Também há risco de acenturar a especialização primária das economias dos países do Mercosul em detrimento da diversificação econômica

Dia Mundial da Segurança Alimentar

Depoimentos de agricultores assistidos pela FASE Bahia sobre Caderneta Agroecológica e sua produção de hortaliças.

Cargill sairá de Abaetetuba? Veja o que diz a FASE Amazônia

Educadores populares amazônidas questionam intenções da empresa ao anunciar através da imprensa decisão de desistir de construir um Terminal de Uso Privado (TUP) no município, por atraso na concessão de licença ambiental ao empreendimento

Carta manifesto contra MP 1.154

O substitutivo para a Medida Provisória 1154, aprovado na comissão Mista, desestrutura o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e os órgãos a ele vinculados e enfraquece o Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

O texto precisa ser necessariamente alterado pelos plenários da Câmara dos deputados e do Senado Federal.

Carta Pública pela garantia de direito das mulheres costureiras de Pernambuco

Nós mulheres faccionistas Do Polo de Confecções somos muitas e diversas: jovens, maduras, casadas, solteiras. E a maioria de nós é negra, com filhos e filhas. Muitas viemos da agricultura e trabalhamos desde a infância. Hoje, somos trabalhadoras do Polo de Confecções localizado em várias cidades da região agreste do estado de Pernambuco, como: Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Agrestina, Brejo de Madre de Deus, Cupira, Riacho das Almas, Surubim, Taquaratinga do Norte e Vertentes, além de Paulista, na Região Metropolitana de Recife.

Neste importante ano de eleições, 2022, lançamos essa pergunta as/aos candidatas agovernador/a, senadores/as e deputados/as estadual e federal: se a costureira parar de trabalhar o que acontece com o Polo? Garantimos que a produção do Polo também vai parar!

A costura é a base de sustentação de confecções de todas as cidades citadas. E como o nosso trabalho, contribuímos de maneira fundamental para a economisa da região agreste. Consequentemente, para todo o estado de Pernambuco. Mas, a importância do nosso trabalho não é reconhecida, muito menos valorizada.

Porto Maravilha: alegoria de um Brasil em desencontro com o Brasil

Este ensaio de Aercio Barbosa de Oliveira, coordenador da FASE Rio de Janeiro, aborda a experiência de mobilização social com moradores e moradoras do Morro da Providência para evitar remoções de famílias causadas pelo projeto de urbanização na capital. Além disso, analisa como as elites ignoram a realidade brasileira ao produzirem pastiches, com base naquilo que é produzido fora do país.
A revista “Em Pauta: teoria social e realidade contemporânea” é um veículo de divulgação científica da Faculdade de Serviço Social da UERJ e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. Seu foco é a compreensão de determinações e contradições sócio-históricas que envolvem a esfera da política e o mundo do trabalho, com destaque para as lutas sociais no Brasil e nos países hispano-americanos.

Carta de apresentação da Rede de Vigilância Popular de Saneamento e Saúde

A Rede de Vigilância Popular em Saneamento e Saúde nasceu da vontade coletiva de manter viva a luta pelo Direito Humano à água, ao saneamento e à saúde no estado do Rio de Janeiro. A Rede foi criada em 2022, após intenso processo de resistência social à concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro

Apartheid alimentar e o privilégio de comer no Brasil

Não bastou segregar os corpos negros, mas também distancia-los de tudo que os mantém vivos, incluindo a alimentação saudável

Nota de repúdio da Campanha Nem um Poço a Mais contra a Licença de Instalação do Porto Central

Nós da Campanha Nem Um Poço a Mais repudiamos a emissão da Licença de Instalação pelo IBAMA e o lobby que vem sendo feito pela SEAMA para a construção do Porto Central sobre 1.712 hectares de vegetação, sendo 912 hectares de vegetação nativa protegida (Leis 11.428/2006 e 12.651/2012), e 220 há em Áreas de Preservação permanente (APP). Somente a área diretamente afetada pelo porto corresponde a 66% das áreas de vegetação que deveriam ser protegidas pelos senhores!

Carta Compromisso Encontro Paraense de Agroecologia

Este documento é resultado do Encontro Estadual de Agroecologia, realizado em Santarém, com o tema “Agroecologia, tecendo redes por Soberania Alimentar e Popular nos territórios Amazônicos”.
Através de muito diálogo, meses de debate, atividades de projetos comunitário, o encontro potencializou as redes de luta pela agroecologia e a soberania alimentar.

A Conferência da Água das Nações Unidas: uma avaliação

Depois de mais de quatro décadas, foi realizada entre 22 e 24 de março a Conferência Mundial da ONU, que teve como objetivo principal avaliar os avanços no cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6: acesso universal à água e ao saneamento.

Processo seletivo para Educadora ou Educador Popular – FASE RJ

A FASE RJ inicia processo de seleção para contratação de Educador/a Popular – Técnico/a em Planejamento e Desenvolvimento Social para atuação nas suas ações. A candidatura de pessoas interessadas e com o perfil adequado para a vaga, conforme indicado no documento de divulgação da seleção, poderá ser realizada por meio do formulário (https://forms.gle/RPLYmmx6Q7Nbvue49) até o dia 23 de abril de 2023.

A água como bem comum: universalização do acesso e controle social

A prioridade é o atendimento das demandas coorporativas em detrimento das necessidades sociais. Dessa forma, a sustentabilidade não passa de um simples recurso discursivo .